Balacaverna: Corujão I...

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Corujão I...

Havia um tempo que na madrugada do Corujão passava algumas pérolas do cinema internacional. Certa feita estava eu debaixo de uma pilha de papel, caneta bic e régua, vá desenhar HQs, torcendo pára terminar o jornal da globo e...PÁ! Começava a sessão de Gala.
O título era, Se não me Mato Morro! Com o Burt Raynolds e Sally Fields. "Hummm....bom, vou fazer as pipocas". Um filme extremamente engraçado, contando a história de um cara que passa o filme todo querendo se matar e na hora H desiste ao som de May way - Frank Sinatra. Esse filme era razoável e continuei a minha HQ. Logo começava o tal Corujão. "Yesss". Me ajeitei na minha poltroninha, ao lado minha pasta de papeis e desenhos, um banquinho com a minha bacia de pipoca e um balde de limonada bem gelada. (na época eu não bebia cerveja...hihiis).
Começa então um tal de filme chamado Les demoiselles de Rochefort. Um musical dos anos 60 (1968). A música de abertura era uma mistura muito clássica do estilo da época. Pensei comigo "putz", vai ser uma b...". De repente aparece os nomes de Catherine Deneuve e Françoise Dorléac. "Cacilda é francês ainda por cima". E então ...Gene Kelly! "Opa, o filme vai ser dos bom". Resolvi prestar atenção então.
Foi uma experiência singular, digo a todos. A historinha é em torno de Delphine e Solange são duas irmãs gêmeas encantadoras e espirituosas de 25 anos. Delphine, a loira, dá aulas de dança, e Solange, a ruiva, aulas de música. Elas vivem então da música e sonham ir para Paris e ter uma vida de fantasias. Alguns empresários chegam à cidade e passam a freqüentar o bar que é da mãe delas. Uma grande feira é promovida e um marinheiro sonhador está à procura da mulher ideal...

O Gene é só um suporte americano pro filme, dança pra caraca como sempre e fica com a Françoise Dorléac...minha segunda paixão do cinema. E foi amor a primeira película. Mal sabia eu que ela era irmã da Catherine Deneuve de verdade e infelizmente morrera prematuramente logo depois desse fantástico universo do diretor Jacques Demy.

Aquele Corujão me marcou, as músicas do filme não sairam de minha cabeça de um menino de 13 anos, só pude rever essa magnífica expressão musical francesa 24 anos depois com o advento do RAPIDSHRE.
Romântico, eu? Claro. Amo os musicais antigos, que nos levavam ao sublime sentimento de estar voando nas nuvens em um romance puro e colorido. Viva a bobice...

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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

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