Debaixo de um mau tempo do caramba, um editor exigente me enchendo o saco no Skipe (mas ele é o cara), o calor abrasador lá fora, outros caras pipocando no msn famintos querendo roer cada espaço de tempo que eu tenho (nossa esse pessoal não faz mais nada?) a minha querida Fernanda assistindo a porra do Grey's AnatomY (o seriado mais boring que já vi, é uma choradeira em todo capítulo), essa merda do caps loCK sempre ligado, um pode de doce leite ali na minha frente e a chícara de café indicando minha extrema e eterna hipertenção...assim tem sido nos últimos 5 dias.
Saí do quartinho, a Balacaverna e fui sem rumo para fora, para cozinha pegar qualquer coisa.
Quando voltei sem nada na mão parei na porta da Balacaverna e lembrei o que eu buscava sem saber o que era. Na verdade foi um ato automático, pois geralmente tem uma pessoinha por ali, atrás da minha cadeira me perturbando com seus gritinhos. E eu, abobalhado, me viro para ela a fim de fazer uma careta, jogar um brinquedinho ou rir com ele.
Olhando, parado na porta, o quarto vazio, percebi que tem uma peça faltando ali. O Chico.
Como a gente pode sentir falta destes bagunceirinhos? Eles querem mexer em tudo, quebram as coisas e eu nem dou a mínima.
Agora passado 10 mêses percebi a evolução dele e a minha. O pequeno já se põe de pé e daqui uns dias estará aqui na Balacaverna querendo jogar playstation ou coisa assim.
Aos poucos a luz dele vai esquentando a minha alma apagada de tanta bagunça e tanto azedume.
Ele está na creche, no meio de tanta gente que não tem o seu código genético, no meio daquele depósito de gente que se mascaram de segundo ninho. Boulshit!
Ali está por conta desde pequenino, tadinho. Mas será forjado em fogo para ser uma boa espada.
Suas primeiras experiências com os recém chegados a Terra está sendo boa. Os "amiguinhos". Boulshit!
A Ane do Iuri que é a amiguinha dele. A Valentina que é a amiguinha dele. Ele gosta delas e elas são legais com ele, tirando que a Val é um pouco ríspida, mas ele precisa de alguém pra controlar ele. São essas pessoas que serão nossas amigas de verdade, aquelas que nos orientam, nem que seja na porrada, mas sem perder a ternura jamais.
É isso aí, eu sinto saudades do meu pequeno Chico, todos os dias enquanto trabalho aqui nessa máquina de absurdos e ele está lá fora.
Preparen-se pais novos, suas vidas serão um turbilhão de coisas que nunca pensarm que iriam ter, sentir e ser.
EU FALEI PAIS, NÃO PSEUDO PAIS.
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